terça-feira, 22 de abril de 2014

Danilo Gentili celebra boa audiência do ‘The noite’: ‘Não puxo saco de celebridade’



Há pouco mais de um mês no ar com o “The noite”, Danilo Gentili, aos 34 anos, superou seus principais concorrentes em algumas exibições, segundo dados do Ibope. Ele jura que não passa de um “fã do gênero”, garante que não “puxa saco de celebridade”, e que respeita todos, deixando todas as brincadeiras em pratos limpos antes das gravações. Criticado por extrapolar limites no humor, assegura que não é de direita e nem de esquerda, e reclama: “Fingem que não sabem que estou fazendo uma piada”.


Qual é o balanço do primeiro mês no SBT?

Sinto que agora a minha criação está madura. Minha visão de talk-show está implementada de fato, finalmente. Assistindo na TV, vejo o que eu tinha imaginado para o “Agora é tarde” quando comecei, em 2009.

Qual é a sua ideia de um talk-show? Quais são suas referências?
Sou fã do formato. Minha geração não tinha internet nem TV a cabo, então minha referência é o Jô Soares mesmo. Aliás, seria o ápice do meu programa recebê-lo, pois é o patrono do gênero no Brasil. Sobre os americanos, acho Jimmy Fallon chato. É um coxinha, precisa de um milhão de celebridades. Letterman é mais ousado. Tento ser assim.

Como um apresentador pode ser “coxinha”, na sua concepção?
Puxando saco de celebridade. Claro que, como anfitrião, tenho que tratar todo mundo com respeito, mas os convidados sabem que estão entrando na minha casa. A pessoa não vai achar que está indo nas “Chiquititas” conversar com um cara fofo e de barba. É um trabalho de catecismo com o entrevistado.

Então as brincadeiras são previamente combinadas?
É assim: se a pessoa não quer fazer a brincadeira, a gente não faz. Antes do programa a gente tenta vender a ideia, mostrar que é tudo uma brincadeira autodepreciativa para fazer rir. Sempre tentamos alargar os limites. Tudo o que eu penso é como comediante. E antes mesmo de ser comediante, sou o cara que faz o programa que quer assistir no ar. Faço o que gosto.

A liberdade na casa nova é maior do que na Band?
Com certeza. Ganho mais liberdade a ponto de encontrar com anunciantes. Participo de todas as reuniões com eles.

Gostaria de receber o Silvio Santos no programa?
Seria uma honra recebê-lo, mas sei que ele só vai participar se ele quiser, se a decisão partir espontaneamente dele. O SBT é a casa que me apresentou ao talk-show. Cresci com essa programação, com essa cultura pop de Chaves e Chapolim que absorvi quando era criança.

Você tem Roger na banda, e uma das primeiras convidadas foi a polêmica apresentadora Rachel Sheherazade. Seu nome é frequentemente associado a esses e outros que se posicionam mais veementemente contra movimentos de esquerda. Como você se situa politicamente?


Meu nome só é ligado ao do Roger, que é da banda do programa. Sou entusiasta da liberdade, nego a centralização de poder. Não sou de direita, nem de esquerda. O que mais me incomoda é que haja campanhas para que as coisas parem de ser ditas. Não é ok para mim impedir que as marchas aconteçam, seja a das vadias, seja a da família. Não estou associado a nada e faço piadas. O problema é que fingem que não sabem que estou fazendo uma piada, fingem que sou machista, isso ou aquilo. Existe um grupo de linchamento. Mas sigo fazendo o que sei.





Fonte: http://extra.globo.com

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